domingo, 23 de abril de 2017

Tomar um decisão? preferia tomar cachaça.
Mas não é isso, o que me preocupa é a balança.
Magicamente equilibrada, numa matemática bosta que põe o sim e o não com valores absurdamente iguais.
Matemática que não é minha, mas devia ser.
Matemática que é burra, que não sabe somar.
A culpa é dela. Não minha!
De onde ja se viu sim e não serem iguais? Se são opostos não vão ser iguais!
Mas o caso é que a balança está equilibrada.
E eu não posso estar aqui sentada vendo um milagre acontecer e desequilibrar a balança.
O que eu vou fazer? 
Limpar a balança! mas que ótima ideia
tirar um pouquinho de sim e um pouquinho de não...
Com menos sim e menos não vamos ter algo menos esquilibrado.
Ou não?

um café a dois

Sentei na mesa do cafe que fomos no nosso último encontro. Pedi um pão de queijo e um café com creme. Igual a última vez. Desfrutei silenciosa da minha própria companhia e do seu fantasma que insiste em ir comigo. Dei um gole no café e vi você desaparecendo. Então eu desconfiei que não devia ser saudade, devia ser só a fome.

quinta-feira, 2 de março de 2017

muito tempo depois do fim

Pensei em vários meios de fazer você ler isso. Quis que fosse a mão, com a mesma letra dos outros "eu te amo" presos na gaveta. Mas não importa. O destinatário talvez não exista mais. Mas há esperanças de você aí no meio de deparar com ele. O remetente ao certo deve estar na gaveta junto com todo o nosso passado.
Por algum tempo eu esperei seu arrependimento. Que voce ia descobrir que o amor pode ser maior que suas paredes. Por tempos cultivei a raiva pela rejeição e a culpa que ora era minha ora era tua. Mas por ironia do destino eu consegui entender.
De repente te vi em outra ocasião. Por uma outra pessoa e analogias faceis de fazer acessei o outro lado que vc nunca me contou. Descobri finalmente por que você afogou nosso amor.
Me dava ânsia em saber que alguém como você pudesse ter coragem de matar um sentimento. Logo você que se dizia tão orgulhoso deles. Mas hoje eu entendo por que. Consigo ter, ainda que sob um véu, a esperança que você ainda seja você.
A falta de percepção foi minha. Não vi que meus gritos de socorro chegavam a você como acusações e desprezo. Estava relamente muito centrada em mim... não vi que o carinho negado em meio a minha confusão não lhe parecia justificável  (não sei mais dizer se era.... só me parecia sensato não oferecer o que eu não era capaz). Eu so nao sabia o quanto eu te fazia mal.
E voce machucado e talvez (rezo eu) sem perceber não tentou melhorar como você disse tentar ( desculpe mas permanecer apenas juntos não é tentar). Mas tratou de arrumar formas de me fazer mal também.  Era justo que você não oferecesse o que parecia não receber. Estava perdida demais pra ser alguem util pra você (e amar ė amar mesmo na inutilidade... hoje eu sei mas espero que na época você não soubesse). Desculpe me por isso. Agora entendo e posso te desculpar ainda que tu não me peças perdão. Posso ter raiva por outros motivos... mas o passado eu tratei de entender.
Você também passou por isso. Vamos lá você sabe me entender e só isso que eu quero. Voce sabe o quanto e dificil ser sensato quando se esta longe demais de si. Voce ainda pode me fazer bem... vc sabe como...Coragem homem!
Não tenho mais tempo de acertar o passado. Talvez não me reste nem sua amizade pois não sei se fui capaz de entender a dor de não amar quem te ama. Hoje sei que dói mas antes não sabia. Estava tão  focada em te mostrar quanto carinho eu ainda sabia lhe dar que esqueci de me perguntar se você o queria.
Só não se esqueça de quem eu sou de verdade. Eu sei que não tem mais de mim no seu coração e aceito isso. Mas espero que um dia o meu transborde e você possa liberar espaço pra mais de mim. Infelizmente eu ainda te espero. Mas já construo minhas asas. Por que um dia meu amor, esse peso vai embora e eu vou voar. Talvez, até a dois.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Não é sobre você.. não é...

Não é sobre você
É sobre o vestido branco escolhido nos meus sonhos e sobre quem ia cantar o salmo
É sobre viajar junto pra um lugar que fosse nosso
É sobre achar um caminho junto pra fugir do que não está dando certo
É sobre rezar junto e sentir a mesma coisa no coração
É sobre o apartamento que eu já tinha decorado aqui na minha imaginação e sobre as crianças que iam correr por lá.
E sobre sonhos
É sobre ohana:
Nunca abandonar, nem esquecer.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

qualquer um que me dê carinho pode ser você.
pode ser você?

domingo, 27 de novembro de 2016

"Eu não sinto tua falta Não sinto Nem lembro de você Nem da tua respiração ofegante Eu não sinto falta Eu sinto ânsia Distância Do teu signo preto Do teu silêncio-grito Sinto ânsia e a provoco Enfio meus dez dedos na garganta Pra ver se vomito o teu ser Da minha alma"
Poema parte da música Barquinho de papel da anavitoria


não se os muros sufocaram o sentimento ou se forma apenas o túmulo de um amor que já tinha morrido e eu não quis enterrar....

terça-feira, 22 de novembro de 2016

melissa rosa

Quando eu era mais nova eu tinha uma melissa rosa. Linda. Edição limitada e com cheiro de chiclete. Foi meu primeiro sapato de salto e eu usava até pra ir pro inglês...não tirava do pé mesmo sem saber andar de salto. Ele nos machucava apesar de as vezes por não saber andar eu batia o salto no ossinho do pé e doia muito... mas fazia parte de aprender a andar de salto... ao que o tempo passou e a melissa rosa era número 33... quase o q eu calço hoje.. mas feita de plástico não pode crescer junto com meu pé... por muito tempo eu guardei a melissa rosa por que não queria que alguém a usasse sem sentimento...como se meu primeiro sapato de salto fosse um sapato qualquer... mas um dia eu tive que me desfazer... ela continua sendo linda mas faltava o essencial: caber no meu pé. Hoje não sei se ela está no pé de outra pessoa ou simplesmente está inútil por aí...quanto a mim eu podia ter comprado outro sapato rosa mas preferi curtir meus pés descalços por aí.